28 de set. de 2007

Livros didáticos

Livros didáticos
O caderno Aliás de 23/9 trouxe algumas menções de educadores ao livro didático que entendemos equivocadas. Em respeito aos leitores, gostaríamos de apresentar a visão de quem faz o livro didático no País. Em primeiro lugar, ressaltamos que a atual forma
de escolha do livro didático é uma das mais democráticas e transparentes do mundo. O sistema é tão bem-feito que prosseguiu mesmo com a mudança de governo. Graças a esse esforço conjunto da sociedade, o Brasil tem um dos melhores programas de compra e distribuição de livros didáticos, além de reforçar a importância da livre escolha do professor. Ou seja, não há imposição de governantes na escolha da obra e os títulos e abordagens são variados. Como o professor é parte fundamental neste processo, o educador fica confortável para utilizar em suas aulas o livro escolhido por ele. Por conseqüência, o aluno usará efetivamente o material. Também é importante ressaltar que diante de critérios tão rigorosos de escolha as editoras são forçadas a ter sempre o melhor livro didático possível, com investimento em autores, pesquisas e na qualidade de impressão. A complexidade da edição e produção do livro didático, muito maior que a de outros tipos de obras, assim como as altas tiragens necessárias à sua viabilização exigem investimentos vultosos que aumentam significativamente o risco desse ramo editorial. Em conseqüência, as editoras organizam-se como empresas modernas. Dispõem de profissionais de alto nível, de complexa estrutura organizacional, de ampla rede de distribuição e de tecnologia sofisticada. Portanto, não se pode criticar todo um sistema que vem dando certo há tanto tempo sem conhecê-lo com rigor e mais profundidade. Nem criticá-lo em sua totalidade por causa de questões específicas e pontuais.
JOÃO ARINOS,
presidente da Associação Brasileira de Editores de Livros
São Paulo

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