A China e a Índia devem ter em 2015 o dobro de pessoas formadas em ensino médio e em ensino superior do que os Estados Unidos e países da União Européia. Essas são previsões do grupo responsável pela avaliação Pisa, da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), que esteve no Brasil na semana passada.
Hoje, os dois países já passam antigas potências em número de pessoas qualificadas, mas a diferença nem sempre é tão significativa. Há cerca de 40 anos, o que se via era o oposto. Americanos e europeus tinham o maior número de pessoas formadas entre os países do mundo.
China e Índia, além de Coréia e Taiwan, por exemplo, têm investido fortemente para qualificar a sua população nos últimos anos. A porcentagem do PIB aplicada em educação cresceu, a oferta de vagas se multiplicou. E não só isso. Exames internacionais, como o Pisa, têm mostrado uma queda de qualidade na educação americana e de alguns países europeus e um destaque para alunos chineses, coreanos, taiwaneses. Na última prova, em 2006, enquanto Estados Unidos, França e Itália apresentaram resultados somente medianos, os chineses apareciam sempre no topo dos rankings de leitura, matemática e ciência.
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