É um absurdo dizer que a educação pública brasileira melhorou! A maior causa disso - diga-se de passagem - foi responsabilidade do governo federal nos anos 90, que (independente do que foi escrito na contituição de 1988, e que era meritório) seguiu as determinações da UNESCO para continuar recebendo ajuda internacional para incremento das políticas públicas na área educacional. Explico: em 1994 (se não me falha a memória), encerrava-se um ciclo de transferência de dinheiro (ajuda internacional da ONU) para os países em desenvolvimento - incluído aí o Brasil - que visava alavancar o número de crianças nas escolas e reduzir de forma significativa o analfabetismo no terceiro mundo.
Neste ano, a última remessa seria enviada, condicionando-se o prosseguimento do fluxo financeiro à apresentação de estatísticas que comprovassem os resultados: redução da repetência e aumento da inclusão nas escolas. FHC e Mário Covas (este, num dos únicos momentos em que devia se envergonhar de sua atuação política - o outro seria na defesa intransigente da manutenção do controle da Cia. das Docas sobre os portos brasileiros, seu reduto eleitoral por excelência) buscaram, então, uma solução genial: implantaram um sistema de ensino consagrado, de um educador renomado (Paulo Freire) e criaram a "progressão continuada", sistema pedagógico que buscaria novas formas construtivistas de avaliar o aprendizado do aluno.
Beleza. Só que isso significava aprovar o aluno sem avaliá-lo (via exames), o que tornava subjetivo o processo. Pior: estimulava-se a todo o sistema de ensino (mediante um sistema de metas) a incrementar a aprovação ano-a-ano. Não se pensou na qualificação do professorado para implantar tal sistema pedagógico, não se adequou as escolas com equipamentos para tal e o resultado, hoje, é claro: uma população de formandos semi-alfabetizados, gente que mal sabe ler ou escrever.
Beleza. Só que isso significava aprovar o aluno sem avaliá-lo (via exames), o que tornava subjetivo o processo. Pior: estimulava-se a todo o sistema de ensino (mediante um sistema de metas) a incrementar a aprovação ano-a-ano. Não se pensou na qualificação do professorado para implantar tal sistema pedagógico, não se adequou as escolas com equipamentos para tal e o resultado, hoje, é claro: uma população de formandos semi-alfabetizados, gente que mal sabe ler ou escrever.
Um comentário:
Caro Paulo
Eu o conheço do blog do Nassif. Sempre leio o que você escreve e gosto muito. Estou visitando o seu blog pela primeira vez e o achei muito interessante. Hoje, o motivo da minha visita é para lhe dar uma dica de como colocar mensagens no blog do Nassif com aspas, sem aquelas horríveis barras inclinadas. Basta você escrever o seu texto no Word e depois transportá-lo para o blog do Nassif. Agindo dessa maneira, as aspas não vêm acompanhadas das barras inclinadas. Prometo vir "visitá-lo" outras vezes e com mais tempo. Parabéns pelo blog e um abraço!
Marisa
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